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DANOS DA PESCA PREDATÓRIA

DANOS DA PESCA PREDATÓRIA

Suami Vivecananda Alves Bahia

 

As autoridades e ambientalistas tem demonstrado ultimamente uma enorme preocupação com os efeitos da pesca predatória. A midia tem divulgado largamente as declarações e feitos das entidades envolvidas na proteção do meio ambiente. As preocupações estão sempre voltadas para a proteção dos manguezais, corais, estruturas de prédios antigos, e até pelo “barulho” que "incomoda algumas pessoas". Principalmente no trecho compreendido entre a Gamboa de Baixo e a praia do Canta Galo.

Entretanto, o prejuízo está muito mais além das “preocupações” das autoridades. O uso de explosivos na pesca não deve ser visto somente como um crime ambiental. Trata-se de um assunto muito mais sério e que deveria ser punido com mais rigor. Os “Bombistas” soltam seus explosivos em qualquer local onde estiver o cardume. Acontece que os peixes preferem ficar em locais abrigados tais como embarcações soçobradas, plataformas de petróleo, poços de gás natural, estruturas de gasodutos, piers, etc., podendo causar danos de proporções assustadoras, pois estes são os locais onde os “Bombistas” detonam seus explosivos visto que os cardumes lá se encontram.

O “Bombista” é o elemento que solta a bomba e se afasta do local deixando que os “Corsários”, seus comparsas, recolham os peixes. Em minha opinião todos são passíveis igualmente das Penalidades Legais, uma vez que agem em grupos ou quadrilhas.

O problema não está somente em matar os peixes. Além do prejuízo na fauna e flora, há o dano das instalações marinhas como cabos telefônicos, sinalização náutica, poços de petróleo, tubulações petrolíferas, cabos elétricos, etc. As edificações têm suas fundações e paredes abaladas também. Nas áreas de Estaleiros, Marinas e Atracadouros, onde muitos profissionais desta área geralmente costumam mergulhar para limpar o casco das embarcações, soltar ou prender amarras no fundo do mar há o risco de lesão ou mesmo de morte. Também tem os pescadores de pesca submarina, alunos de curso de mergulho e os banhistas que estão à mercê desses indivíduos. É preciso que sejam tomadas medidas eficazes quanto à ação dos “Bombistas” que atuam nas praias da cidade baixa principalmente na área da Gamboa, Pedra Furada, Estaleiro Bomfim, e, em toda Baía de Todos os Santos.

Uma ação mais enérgica com a participação da Polícia Civil na investigação do tráfico e comércio da dinamite, o controle nas estradas pela Polícia Rodoviária, a atuação do Exército no controle do C-4 e TNT utilizados pelos “Bombistas” com “campanas” sistemáticas nos locais de tráfico de explosivos certamente causaria um grande impacto nesta modalidade de pesca.

 

Texto atualizado em 28/05/2009